Ao procurar na internet páginas devotadas ao deus chato, encontrei aquela que será provávelmente a melhor peça radiofónica alguma vez escrita:

"Pour en finir avec le jugement de dieu" de Antonin Artaud.

Da wikipedia:

The performance was prohibited partially as a result of its scatological, anti-American, and anti-religious references and pronouncements, but also because of its general randomness, with a cacophony of xylophonic sounds mixed with various percussive elements.

Actualização

Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
Mas a chuva bate assim.

"Porém já cinco Sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca doutrem navegados,
Prósperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite estando descuidados,
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem que os ares escurece
Sobre nossas cabeças aparece.


"Tão temerosa vinha e carregada,
Que pôs nos corações um grande medo;
Bramindo o negro mar, de longe brada
Como se desse em vão nalgum rochedo.
— "Ó Potestade, disse, sublimada!
Que ameaço divino, ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mor cousa parece que tormenta?" —

Barbarismos

A convivência com os clássicos, através da leitura constante e cuidada das suas obras, incute, no estudioso ou naquele que pretende ser escritor, o culto entusiático da pureza da linguagem, em que as palavras ou expressões se empregam com beleza luminosa. Macular essa pureza, imposta pelos que falam e escrevem com primor, representa um vício, e tal defeito origina o barbarismo, sempre constituído por: 1) emprego de palavras ou frases estrangeiras; 2) emprego de arcaísmos; 3) emprego de neologismos; 4) incorrecta pronúncia, escrita, formação e flexão de vocábulos.

Bock

Alguém sabe o que aconteceu à Bock normal?